O novo filme da Disney/Marvel, ‘As Marvels’ tem a direção de Nia da Costa e conta os eventos com foco na Capitã Marvel (Brie Larson). Ela precisa solucionar algumas pendências do passado desde quando se livrou da tirania dos Kree e destruir a inteligência suprema. Afinal, estes eventos repercutem até hoje e após uma missão aparentemente simples e de rotina desencadeia uma conexão com duas personagens. A capitã Mônica Rambeau (Teyonah Parris) com quem Carol tem uma relação de família, e a jovem Kamala Khan (Iman Vellani). Assim, o filme se transforma em uma jornada onde as três vão descobrir que tem muito mais em comum além dos poderes. E que agora, elas precisam se unir para que o universo não seja totalmente apagado da existência.
Sinal de alerta ligado
Já não é de hoje que filmes de super heróis em si não apenas os da Marvel mostram uma certa escassez no que diz respeito a clamor do público. Seja por interesse em histórias que aparentam recicladas ou então por esse gênero aparentmente está com seus dias contados. O que de fato mostra uma mudança significativa até mesmo no modo como este filme vem fazendo um marketing mais brando quase que como sabendo que não pode e nem vai entregar nada extraordinário, o que realmente o é, pois aqui temos uma obra mediana, mas madiana no sentido exato, de algo médio, simples e que nem ao menos se esforça para ser grandioso.
Essa estrutura que funcionou durante muitos anos para a Marvel de tudo estar conectado começou de maneira incrível, ao ponto de cada final de filme o público ficava mais interessado no famosa “cena pós créditos” do que no próprio filme em sim, mas depois de alguns bons anos isso tomou proporções inimagináveis, e ainda mais com a chegada do serviço de streaming o disney plus com um catálogo cheio de séries ficou mais dificil ainda.
Talvez esse seja o ponto crucial da colcha de retalhos que é o filme As Marvels, um filme que pré estabelece que se público tenha visto ao menos cinco séries antes para entender o contexto de porque aquilo está acontecendo e parte direto para a interação entre as personagens, sem um background de fundo, e quando o faz é bem rápido pois não tem tempo a perder em apenas 1h45min de filme, um tempo significativamente bom se comparado a produções atuais de filmes mais longos.
O problema
Mas o grande problema desse filme diz respeito a sua estrutura, principalmente no roteiro que coloca várias situações onde o trio de heroínas precisa ir em vários lugares para decifrar o que a grande vilã planeja fazer, e faz isso de maneira muito confusa, porém a quimica entre elas seja uma das coisas mais funcionais do time, desde o carisma de Carol que de longe é o melhor de todas as suas participações anteriores, desde o amadurecimento de kamala que entende que é mais do que apenas uma fã e tem um propósito muito maior aqui, até Mônica que é a menos conhecida mas que coloca uma carga familiar enorme e um sentimento de responsabilidade das ações do grupo.
Tecnicamente o filme também é lindo, com cenários deslumbrantes, cenas de luta muito bem coreografadas, mas que como dito anteriormente, não saem do mediano. Mediano é a vilã, mediano é a resolução de algums problemas que vão desde encontrar uma tribo que só fala cantando até uma tentativa de resolver tudo com gatinhos bonitinhos e fofos. Uma pena e despercício, pois se mostrava um filme com potencial para fazer algo diferente, o que fica para um próximo filme talvez, pois termina com uma cartada de algo ainda precisa e provavelmente pode ser feito.
O filme tem duas cenas pós créditos interessantes que vão com certeza ditar o futuro dos filmes da Marvel.
As marvels estréia em todos os cinemas dia 09 de Novembro.
NOTA: 4
Trailer – As Marvels
Ficha Técnica
Título original: The Marvels
Direção: Nia DaCosta
Roteiro: Nia DaCosta, Megan McDonnell, Elissa Karasik
Elenco: Brie Larson, Teyonah Parris, Iman Vellani, Samuel L. Jackson
Onde assistir: Somente nos cinemas
Data de estreia: 09 de novembro de 2023
Duração: 105 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: ação, aventura, fantasia
Ano: 2023
Classificação: 12 anos
