Loki | Glorious Purpose inaugura a fase 4 da Marvel

Não é nenhum exagero afirmar que ‘Glorious Purpose’, primeiro episódio de ‘Loki’ é o pontapé inicial da Fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel Studios. Além disso, não é nenhum exagero afirmar que depois das ótimas ‘WandaVision’ e ‘Falcão e o Soldado Invernal’, a série do Deus da Trapaça mantém a qualidade dessas produções exclusivas do Disney+ e, em suma, é a primeira que dialoga diretamente com os filmes desse universo.

Com uma direção ágil, dinâmica e um roteiro bastante coeso, Glorious Purpose vai direto ao ponto e apresenta Loki como uma série que mistura humor, drama e suspense em doses perfeitas. Não há exageros em gracinhas ou voltas na trama para, enfim, mostrar o que ela pretende, bem como quem é o verdadeiro vilão da história. E, por fim, termina o episódio com um ótimo gancho para os próximos capítulos.

Loki S1E01 | Glorious Purpose

Logo após recuperar o Tesseract, aAutoridade da Variação do Tempo (TVA) captura a versão de 2021 de Loki (Tom Hiddleston) nos Desertos de Gobi, Mongólia. Após passar pelo serviço burocrático da entidade, ele é julgado por Ravonna Renslayer (Gugu Mbatha-Raw) por ser um “variante” e, assim, alterar a linha temporal. Durante o julgamento, o agente Mobius M. Mobius (Owen Wilson), leva o Deus da Trapaça a uma sala secreta onde ele questiona o amor de Loki em matar e ferir pessoas. Loki vê seus pais, Frigga (Rene Russo) e Odin (Anthony Hopkins), bem como o seu passado e futuro. Após conhecer ao conceito do Multiverso, ele recebe uma proposta tentadora. Ajudar a capturar um variante que está assassinando agentes da TVA em várias linhas temporais ou ser exterminado. Ao escolher a segunda opção, ele se surpreende ao descobrir quem é o assassino.

A genialidade da Marvel

A princípio parece complicado explicar o conceito de Multiverso, linhas temporais, diversas versões de várias pessoas, bem como se mantém tudo isso organizado e sem que um universo ou uma pessoa bagunce todo esse conceito. Mas a Marvel é genial ao usar uma simples animação para destrinchar algo tão complexo. A ideia não é original, basta ver que Steven Spielberg usou esse mesmo artifício com o mesmo brilhantismo em seu Jurassic Park. Mas ela é igualmente brilhante e ajuda a tornar Glorious Purpose um dos melhores episódios piloto da empresa.

Tom Hiddleston e Owen Wilson

Impossível não destacar a atuação de Tom Hiddleston. Antes de mais nada, é sempre importante ressaltar que em muitas ocasiões, um ator coadjuvante sente dificuldades ao assumir o protagonismo. Ainda mais de um personagem que caiu nas graças da crítica e do público. Mas logo de cara, Hiddleston mostra em Glorious Purpose porque Loki é o melhor vilão da Marvel nos cinemas. A sua atuação é esplendorosa e ele assume o protagonismo da série com maestria. Um dos raros atores que consegue dosar humor e drama sem exageros ou parecer caricato. Tudo na medida certa, sempre com excelência. Sem sombra de dúvidas uma das melhores atuações do Universo Marvel.

Além da ótima atuação de Hiddleston, ele ainda conta um ótimo parceiro. A química entre ele e Wilson é perfeita, garantindo ótimos momentos, sejam cômicos ou dramáticos. Agora, com a parceria que eles firmam no final do episódio, é provável que teremos grandes momentos protagonizados pela dupla. Até, óbvio, que Loki resolva trapacear e enganar Morbius.

Expectativa e realidade

Se a expectativa com a série de Loki era alta, depois Glorious Purpose ela já é uma realidade. Afinal, trata-se de um episódio que foi direto ao assunto, mostrando o que se esperava do personagem, bem como da trama apresentada. O fato contar com Michael Waldron na produção – que já produziu Rick And Morty e escreveu o roteiro de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é um ótimo sinal. Além de já ter trabalhado com viagens no tempo e universos paralelos na animação, é bem provável que ele vai ligar a série ao novo filme do Doutor Estranho.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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