O filme solo do Flash é um respiro para o (em breve) findado universo da DC nos cinemas e uma desculpa perfeita para reiniciar a franquia, agora com a direção do novo chefe do estúdio, James Gunn. No entanto, a tarefa não é simples para o Velocista Escarlate. Afinal, ele precisa adaptar a complexa história em quadrinhos “Flashpoint”, explicar linhas temporais paralelas e minimamente pavimentar o caminho de um novo universo compartilhado, que substituirá o atual.
Na trama, Barry Allen, o Flash (Ezra Miller), busca desesperadamente provar a inocência de seu pai, acusado injustamente pela morte de sua mãe. Utilizando seus recém-adquiridos poderes de viagem no tempo, Barry embarca em uma jornada para salvar sua mãe e desfazer os erros do passado, no entanto, as coisas não saem conforme o planejado e Barry se vê correndo contra o tempo ao lado de uma versão mais jovem de si mesmo para resolver os problemas criados.
Liga da Justiça
Embora seja uma continuação de “Liga da Justiça”, ele também serve como uma história de origem. Afinal, o Barry mais jovem acabou de adquirir os poderes de velocidade, deixando o Barry mais velho como um tutor. Esse aspecto permite que os espectadores se conectem e compreendam melhor o protagonista mesmo para aqueles que não estão familiarizados com suas histórias nos quadrinhos.
Sendo um filme de heróis é de se esperar que tenham muitas cenas feitas em computação gráfica com algumas sendo muito bem feitas e de fato quase imperceptíveis, indo até o mais terrível que se possa ir em qualidade. Nos momentos em que os dois estão conversando tem uma qualidade boa (Miller faz os dois papéis) ou até mesmo algumas cenas de lutas são bem produzidas, também existem alguns momentos que parecia que eu estava vendo gráficos ruins de um jogo de PlayStation 3 com destaque para a cena em que o Flash salva bebês de um prédio logo no começo do filme.
Andy Muschietti
O diretor Andy Muschietti, conhecido por sua habilidade em captar a essência dos personagens e envolver o público na narrativa, já demonstrou seu talento anteriormente nas duas partes da adaptação de “IT – A Coisa” para as telonas. Agora, em The Flash, Muschietti enfrenta o desafio adicional de lidar com personagens que são interpretados por duas pessoas diferentes: Ben Affleck, o já conhecido Batman do DCU e o retorno de Michael Keaton, o Batman dos anos 1990.
Easter eggs
A adição de Keaton no filme é excelente. Ele está totalmente confortável no papel, sua presença abre portas para referências a outros personagens e eventos do universo DC, agradando os fãs com pequenos easter eggs ao longo da trama. O mais impressionante é que essas referências são inseridas de forma orgânica, sem comprometer a história principal, que é o elemento mais importante do filme.
Além disso, há até mesmo alguns easter eggs que, embora não façam parte do universo DC oficialmente apareceram no filme criando momentos empolgantes para os espectadores atentos. Essas adições inteligentes e cuidadosamente colocadas aumentam ainda mais a diversão e o valor nostálgico do filme.
Velocidade do Flash
A capacidade de Flash de correr em velocidades sobre-humanas aparece de forma impressionante. Essa habilidade do personagem cria momentos de tirar o fôlego, exibundo seu poder e agilidade de maneira brilhante. Apesar da sequência de abertura ter os piores efeitos especiais de todo o filme, ela estabelece o ritmo que será mantido ao longo das 2 horas e 24 minutos de duração.
Surpreendentemente, o tempo parece passar despercebido, pois a narrativa cativante e cheia de ação mantém os espectadores imersos na trama sem perceberem a passagem do tempo.
Nota 8
Trailer – The Flash
Ficha Técnica
Título original: The Flash
Direção: Andy Muschietti
Roteiro: Christina Hodson, Joby Harold
Elenco: Sasha Calle, Ben Affleck, Ezra Miller, Michael Keaton, Michael Shannon,
Onde assistir: somente nos cinemas
Data de estreia: 15 de junho de 2023
Duração: 144 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: fantasia, ação, aventura, ficção-científica
Ano: 2023
Classificação: 12 anos
