Antes de mais nada, ‘O Poderoso Chefão: Parte III’ (The Godfather: Part III, 1990), sofre de um grave ‘problema’. Independente de ser um filme bom ou ruim, ele, em primeiro lugar, será sempre comparado com os dois capítulos anteriores. Não seria nada demais, caso não se tratasse de duas obras-primas de Francis Ford Coppola. Tanto ‘O Poderoso Chefão: Parte I’ (The Godfather, 1972) quanto ‘O Poderoso Chefão Parte II’ (The Godfather: Part II, 1974) figuram justamente sempre na lista dos melhores filmes de todos os tempos.
Problemas
Além da comparação com as primeiras partes da trilogia, o filme tem sim alguns problemas. O mais grave é a atuação de Sofia Coppola, filha do diretor, que acertou a trocar a carreira de atriz irregular pela de diretora autoral e de sucesso. A de Andy Garcia também não ajuda, assim como a de Joe Mantegna. No mês em que celebra 30 anos de sua estreia (o filme debutou nos cinemas americanos no dia 25 de dezembro de 1990), Coppola resolveu relança-lo com algumas alterações.
O Poderoso Chefão: Parte III
Com quase 60 anos de idade, Don Michel Corleone (Al Pacino) está envelhecendo, cansado dos negócios ilegais da família e querendo limpar o nome dos Corleone. Assim, pretende abrir mão dos cassinos e demais atividades ilegais para legitimar todos os seus negócios.
No meio do caminho ele encontra a resistência dos seus ‘companheiros de trabalho’, bem como a do sobrinho Vicente Mancini (Andy Garcia), filho bastardo do seu irmão mais velho Sony Corleone (James Caan). Inconformado com a decisão de Michael, ele atiça a rivalidade com um dos inimigos de Don Corleone, Joey Zasa (Joe Mantegna) e começa a se envolver romanticamente com a filha de Michael, sua prima Mary (Sofia Coppola).
A versão do diretor
Ao contrário dos dois primeiros filmes da saga da Família Corleone, onde Coppola fez um belíssimo trabalho de restauração e remasterização, sem mexer na edição dos filmes, a história aqui muda de figura. O Poderoso Chefão: Parte III terá mudanças significativas. A saber, uma nova montagem que vai alterar o começo, o final e, inclusive, o próprio nome do longa. Seu novo título será ‘O Poderoso Chefão de Mario Puzo – Desfecho: A Morte de Michael Corleone’.
Assim como os filmes que o antecedem, ele também passou pelo mesmo processo de restauração e remasterização. Ademais, o diretor explica no vídeo abaixo os motivos que o levaram a fazer esta nova versão
Remasterização e restauração
Semelhante ao que foi feito nos primeiros filmes, Coppola vai remasterizar quadro a quadro de O Poderoso Chefão: Parte III. Junto com a American Zoetrope, ele trabalhou a partir de uma varredura de 4K do negativo original para empreender uma cuidadosa. A saber, a equipe de restauração da Zoetrope e da Paramount fizeram algo essencial para este processo. Buscaram mais de 50 tomadas originais para substituir as óticas de menor resolução no negativo original.
Somente essa ação levou mais de seis meses e envolveu a peneiração de 300 caixas de negativos. A Zoetrope americana trabalhou cuidadosamente para reparar arranhões, manchas e outras anomalias, que não puderam ser tratadas anteriormente devido à restrições tecnológicas, enquanto melhorias foram feitas na mistura de áudio 5.1 original.
Coronavirus
Estes esforços minuciosos de restauração não foram imunes à pandemia do coronavírus. Na metade do projeto, todo o trabalho – mesmo a busca do negativo – foi realizado pela Zoetrope e pela Paramount remotamente.
Lançamento
Por fim, ‘O Poderoso Chefão De Mario Puzo – Desfecho: A Morte De Michael Corleone’ será lançado no dia 3 de dezembro. A saber, apenas em cinemas selecionados de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. No dia 8 de dezembro, o filme chega nas plataformas digitais: Net Now Claro e Sky; assim como Apple TV, Google Play, Vivo, Oi; bem como Xbox Video, PlayStation Store para aluguel e compra.
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