Injustiça, chilique, fortes emoções, choros e muito, mas muito amadorismo marcaram o episódio de MasterChef Brasil, exibido ontem pela Band, que culminou na eliminação do estudante Lucas Furtado. Eliminação injusta, mas não porque ele cozinhou bem. Longe disso, mas como foi vencedor da prova em grupo, ele merecia ser salvo da prova de eliminação. Mas uma mudança de regra repentina fez com que ele e a líder da sua equipe, Jiang, fossem para a eliminatória.
A prova em grupo foi um show de horrores. Liderado pela Jiang, o time azul (que contou com Lucas e Cristiano) se perdeu em tudo. Indecisa, complicada e incapaz de liderar, a chinesa estava perdidaça. Mudou duas vezes o cardápio no meio da prova, desperdiçou 80 ovos de codorna, mais uma quantidade de presunto parma e salgou demais uma enorme quantidade de legumes. O resultado foi uma salada de principiante e um prato principal (frango com purê de batata doce) que envergonharia qualquer cozinheiro de hospital.
Do lado vermelho, a comida foi melhor. Tanto o prato principal quanto a entrada. Mas a equipe de Raul, Fernando (que deu chiliques novamente) e a líder Izabel (que pra variar um pouco reclamou umas 500 vezes no programa) se atrapalhou no tempo e deixou de servir 14 pratos. O que custou a vitória do grupo.
Aí entrou a sacanagem dos jurados do MasterChef. Concordo plenamente que aquele prato vergonhoso não deveria vencer. Mas acontece que ele venceu e como diz a regra: Quem vence a prova em grupo está salvo da prova eliminatória. Erick Jacquin, Paola Carosella e Henrique Fogaça se reuniram e decidiram colocar todos para cozinhar. Injusto. Para que a injustiça não fosse completa eles inventaram uma “pré-eliminatória” para salvar dois competidores. E nessa prova veio um novo show de horrores.
É inaceitável que numa competição culinária os candidatos falarem que nunca fizeram um bife à milanesa. Não é possível que alguém que deseja ser um cozinheiro ou chef nunca tenha feito essa iguaria que é uma das mais comuns da cozinha brasileira. É tão fácil e tão simples que até um chimpanzé consegue preparar. Bom para Jiang e Izabel que fizeram os dois melhores pratos e e se juntaram com Cristiano na bancada.
Na prova eliminatória, Raul, Fernando e Lucas receberam uma aula do chef Jefferson Rueda e tiveram que fazer uma linguiça. Enquanto prepararam seus pratos, o renomado chef visitava as bancadas para acompanhar os trabalhos dos concorrentes. Raul escutou os conselhos de Rueda e tirou metade dos condimentos que pretendia usar. Já Fernando, com sua soberba costumeira, insistiu no seu jeito e o resultado foi um fiasco. O seu segundo consecutivo no MasterChef Brasil. Sobrou para Lucas, que novamente teve um milhão de ideias na cabeça, deixou tudo para a última hora e fez um péssimo prato. Mas, como afirmei anteriormente, foi injusto porque ele deveria ter recebido a imunidade.
O final, contudo, foi emocionante. A eliminação de Lucas levou Paola às lágrimas e, principalmente, o baiano chorão Cristiano. O estudante de engenharia de produção teve suas qualidades reconhecidas principalmente por Jacquin e pela chef argentina que ofereceram um estágio ao jovem concorrente. Agora só restam cinco participantes. E emoção não vai faltar nessa reta final. É só aguardar.