Enfim começou a segunda temporada do melhor reality show de culinária amadora do mundo: o Masterchef Brasil. O programa começou como em todas as versões da atração, com os chefs selecionando os participantes que ficarão entre os 18 concorrentes ao grande prêmio. E a estreia foi ótima, com os jurados Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella ainda mais entrosados, mais sarcásticos e mais engraçados, mas de vez em quando (nas horas erradas) mostrando que têm um bom coração.
Como nem tudo é perfeito, a volta do Masterchef Brasil contou com uma “pré-estreia” meia hora antes com uma apresentadora pra lá de empolgada, parecendo uma periguete virada na cocaína. Falando sem parar, gesticulando adoidado, era uma versão loira da Narcisa Tamborindeguy. Uma loucura.
Mas a tortura durou pouco menos de meia hora. Quando o Masterchef Brasil começou, vimos logo de cara que o nível dos participantes deu uma subida considerável. Em apenas poucos minutos já deu pra perceber que essa turma, além de se preocupar com o sabor da comida, sabe se preocupar com a apresentação do prato.
Claro que como em toda competição desse tipo de programa, existem alguns candidatos escolhidos a dedo para participar do programa para servir de escada para os jurados deitarem e rolarem com comentários sarcásticos. A participante mineira que fez um hambúrguer no melhor estilo culinária ogra não tem a menor condição de participar de uma competição de sanduíches, quanto mais de uma em que se faça pratos de alto nível. Ela, os engraçadinhos e os gourmetizadores estão lá apenas para serem chicoteados com estilo pelo excelente trio de jurados.
O único defeito de Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella é que eles demonstram coração mole com participantes que sabemos que não têm condições de irem muito longe no programa, como a menina de 18 anos que preparou um risoto coberto com um purê (um horror) e a garota que nasceu sem uma das mãos que, apesar de ter muita força de vontade, não tem dotes para vencer o Masterchef Brasil.
A apresentadora Ana Paula Padrão apareceu pouco. Ela está mais contida (pelo menos na estreia) e sabe que seu papel é a de coadjuvante para os três jurados. Principalmente para o francês Jacquin, que está mais ríspido que no ano anterior e, óbvio, muito mais engraçado e dono das melhores sacadas do trio.
Enfim, foi uma estreia promissora, com cada um sabendo fazer o seu papel direitinho e candidatos que vão dar o que falar. E já temos um seríssimo candidato ao Malachef Brasil 2015 – o italiano Francesco, que se cozinhar 10% do que acha que cozinha será o novo Gordon Ramsay.
Na próxima semana ainda estaremos na fase de seleção e somente no terceiro programa que começaremos a ver os 18 concorrentes ao título de Masterchef Brasil.