Game of Thrones | Tensão dá lugar a emoção em “A Knight of the Seven Kingdoms”

Se em Winterfell grandes e tensos reencontros marcaram a estreia da oitava temporada, em “A Knight of the Seven Kingdoms” foi a vez da emoção tomar conta do segundo capítulo. Lento, com ótimos diálogos e belas cenas que, de certa maneira, lembram uma grande despedida, o episódio lembrou os primeiros da série e prepara o espectador para a longa e duríssima batalha que está por vir no lar dos Starks.

Desde o “julgamento” de Jaime Lannister, onde ele foi “absolvido” pelo irmão Tyrion, a colega de espada Brienne de Tarth e inclusive mesmo por Bran “Corvo de Três Olhos” Stark, até o anúncio da chegada dos Caminhantes Brancos, “A Knight of the Seven Kingdoms” trouxe fortes doses emotivas, nos permitindo nos conectar novamente com esses personagens que adoramos durante sete temporadas para nos despedirmos deles, pois desde o primeiro momento sabemos que em Game of Thrones ninguém está a salvo.

Antigos traidores são vistos agora como salvadores e sérios candidatos à mártires. Além de Jaime, que deve dar seu adeus no campo de batalha, Theon, que foi recepcionado com um caloroso abraço de Sansa, deve se despedir no próximo capítulo ao se colocar ao lado de Bran, como isca para o Rei da Noite.


Bran, aliás, foi uma das figuras centrais em “A Knight of the Seven Kingdoms”. Além de seu papel no julgamento de Jaime, o garoto nos explicou a grande motivação e objetivo do Rei da Noite. Ao marca-lo, ele quer, além de exterminar a raça humana, apagar toda a memória e história dos Sete Reinos aniquilando Bran, pois este, por ser o Corvo de Três Olhos, conhece o passado, o presente e o futuro de Westeros.

Aliás, nem tudo ele conhece. Fica evidente em algumas falas que o Corvo de Três Olhos não consegue prever fatos inéditos, como a eficácia do fogo de dragão no Rei da Noite – “ninguém nunca tentou isso”, afirma Bran e o que será do futuro de Westeros, se é que ele terá algum.

Daenerys também teve uma participação importante aqui. Primeiro ao conseguir um (breve) momento pacífico com Sansa e a declaração de que ama Snow ao ponto de abandonar a guerra de sua vida para lutar a do amado, mas ao mesmo tempo torcer o nariz em relação à independência do Norte. E segundo no momento mais crucial diante da revelação de que Snow é um Targaryen e o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro. Esta última deveria ter sido melhor explorada ao invés de ser interrompida pelo anúncio da chegada dos Caminhantes Brancos.

Arya foi protagonista de um dos belos momentos do episódio. Ela enfim revelou seu amor ao Gendry e fez amor com o ferreiro para sentir um prazer que talvez não sentirá novamente, por não saber se sobreviverá a Batalha de Winterfell. O diálogo entre os dois foi memorável e a cena nos remete ao primeiro capítulo da série, quando Robert fala para Ned casar seus filhos. Mal sabiam eles que o futuro seria traiçoeiro e ao invés de Sansa e Joffrey, a união entre as casas seria feita entre o bastardo Baratheon e a caçula Stark.

Como não poderia deixar de ser, Brienne foi o ponto alto de “A Knight of the Seven Kingdoms”. O nome do episódio – Uma Cavaleira dos Sete Reinos – é justamente uma homenagem a dama que se tornou uma grande guerreira e luta de igual por igual com qualquer um ali. A reunião onde ela é condecorada como cavaleira por Jaime é belíssima, com os grandes lutadores bebendo juntos, num misto de confraternização e despedida, uma formação de uma equipe que nos faz lembrar da criação da Sociedade do Anel, de O Senhor dos Anéis.

Faltando apenas mais quatro episódios para a despedida final não há tempo para mais nada. A Batalha de Winterfell deve ditar os dois próximos capítulos, depois partiremos pela guerra em Porto Real e o último capítulo servirá para juntar as últimas pontas soltas. Até lá.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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