10 games clássicos que merecem uma continuação

O retorno de Streets of Rage fez o coração dos jogadores mais antigos bater mais rápido. O motivo é simples: é um jogo que ajudou a despertar uma paixão incontrolável por vídeo games e fliperamas. Graças a títulos como esses, uma geração inteira se encantou por esse tipo de diversão eletrônica e fez com que tivéssemos esse salto de qualidade nos consoles de última geração. Aproveitando esse embalo, selecionamos 10 games clássicos que merecem uma continuação.

Silent Hill (1990, Konami para PS1)
Clássico do gênero, o jogo abusava do terror psicológico, usando elementos simples como interferências no rádio e uma densa névoa para fazer os jogadores borrarem suas calças. No jogo, Harry Manson e sua filha pequena Cheryl saem de férias para Silent Hill, porém, após um acidente de carro no caminho, a pequena garota some na névoa e ele parte em seu resgate nessa cidade amaldiçoada. O jogo teve quatro continuações para PS2, PS3, PC e Xbox e teve o anúncio de uma sequencia para o PS4, mas infelizmente sua produção parou no meio do caminho.

Commando (1985, Capcom para arcades)
Um dos jogos que definiram o estilo run and gun (onde o jogador sai correndo e atirando sem parar), fez tremendo sucesso na época e ganhou versões para dezenas de consoles. Batizado originalmente no Japão como “Senjou no Ookami“, o jogo foi renomeado nos EUA para “Commando”, aproveitando o lançamento do filme homônimo que lançou Arnold Schwarzenegger ao estrelato. Apesar de não ter relação nenhuma com Comando Para Matar, a premissa é bem parecida, onde um soldado enfrenta sozinho um exército de inimigos. Dificílimo, o game exigia pensamento rápido, destreza no joystick e muitas fichas para chegar ao final.

Mad Dog McCree (1990, American Laser Games para arcade)
Jogo de tiro em primeira pessoa, Mad Dog McCree chamou atenção na época por ter sido elaborado em versão live action, com atores de verdade. Apesar da história ser bem simples, ter poucas interações nas cenas e atuações pra lá de canastras, ele era extremamente divertido e empolgante, com duelos bacanas e cenas clássicas de filmes de faroeste, com tiroteios em bares, bancos e cadeia. Ele teve uma continuação dois anos depois (Mad Dog II: The Lost Gold) e continua sendo uma preciosidade muito divertida.

Sunset Raiders (1991, Konami para arcades)
Aproveitando ainda a temática Velho Oeste, antes de Red Dead Redemption havia Sunset Rides. O clássico da Konami foi um dos primeiros jogos a permitir que até quatro pessoas jogassem ao mesmo tempo. Seguindo o estilo run and gun, o objetivo de cada fase era fazer com que os pistoleiros fossem atrás de um criminoso procurado pela justiça para ganhar uma recompensa. Com uma jogabilidade simples, o game se complicava mesmo na hora de desviar das balas dos inimigos. Ele ganhou versão para consoles caseiros da época, como Mega Drive e Super Nintendo, mas bem que merecia uma continuação…

As Tartarugas Ninjas (1989, Konami para arcades)
Outro grande clássico da Konami e que também permitia que até quatro pessoas jogassem simultaneamente. Cada jogador escolhia uma das Tartarugas Ninjas (Rafael, Leonardo, Michelangelo ou Donatelo) para salvar April e Mestre Splinter das garras do Destruidor. Difícil, com gráficos belíssimos para a época e que lembrava muito bem o desenho animado, o jogo é um dos melhores lançamentos da virada dos anos 80 pros 90.

Os Simpsons (1991, Konami para arcades)
Já deu pra perceber que o formato com quatro jogadores simultâneos ditou a regra na virada dos anos 80 para os 90 né? Em Os Simpsons não foi diferente. A divertida família de Springfield ganhou uma versão fantástica, contando com a participação de praticamente todos os personagens do desenho animado, com gráficos bem parecidos com o da animação, vozes originais, frases criativas e muito humor. No game, você pode jogar com Marge, Homer, Lisa e Bart para salvar a pequena Maggie. A caçula da família é sequestrada por Smithers (assistente pessoal do Sr. Burns) que, após roubar um diamante de uma joalheria, esbarra em Homer, fazendo o diamante cair na boca de Maggie.

Golden Axe (1989, Sega para arcades)
Originalmente lançado em arcades, Golden Axe ficou muito popular com suas versões para Master System e Mega Drive, consoles da mesma produtora do jogo. Mas não foi apenas isso que fez do game um sucesso. A história, os personagens e a jogabilidade eram ótimas e era muito divertido passar horas em Yuria, o universo de fantasia medieval que servia de cenário para o game. Podendo jogar com três personagens (um anão, um bárbaro e uma guerreira), o objetivo era resgatar o rei e sua filha e recuperar o machado de ouro, que é o símbolo de Yuria. O jogo teve quatro continuações e foi lançado para PC, Sega Saturn e Nintendo.

Out of This World (1991, Delphine Software para Amiga e Atari ST)
O jogo conta a história do jovem cientista Lester, que, graças a um experimento que deu errado, cai num perigoso mundo alienígena, onde é forçado a lutar por sua sobrevivência. Inovador no uso de efeitos cinematográficos, narrativa e estilo, o jogo fez muito sucesso entre crítica e o público e acabou se tornando fonte de inspiração de outros games clássicos como Ico, Metal Gear Solid e Silent Hill, entre outros. Trata-se de um adventure game onde o protagonista precisa resolver enigmas, correr, pular, atacar e realizar outras ações específicas de acordo com a situação em que ele se encontra. Com certeza um dos jogos mais importantes da geração dos anos 90.

Final Fight (1989, Capcom para arcades)
Um dos games mais importantes e legais da Capcom, que fez muito sucesso nos anos 90 e se tornou um dos melhores títulos do estilo beat-‘em-up da história (jogos de aventura recheado de combates corpo a corpo, com dezenas de inimigos e os chefes de fase). O jogo se passa na fictícia Metro City, que tem como prefeito um ex-lutador profissional chamado Mike Haggar. A gangue Mad Gear, sequestra sua filha e com isso o objetivo do jogo é resgata-la. Para isso, podemos jogar com três personagens. Haggar, obviamente, Cody (namorado de Jéssica) e Guy, o mestre ninjutsu amigo do casal. Um dos melhores jogos do gênero, onde a estratégia é zero e a diversão mesmo se resume em atrair os inimigos para descer a porrada neles.

Double Dragon (1987, Technōs Japan para arcade)
Pioneiro e um dos melhores jogos de beat’em up de todos os tempos, Double Dragon se passa em uma Nova Iorque pós-apocalíptica, onde gangues e facções criminosas tomaram o controle da cidade. Os protagonistas são os irmãos Billy e Jimmy Lee, que partem para a pancadaria quando a namorada de Billy, Marian, é sequestrada nas ruas e os irmãos Lee recebem uma mensagem dos autores do crime, os Black Warriors. Quem jogou este clássico na época vai se lembrar de duas coisas. Primeiro: as enormes filas que se formavam nos fliperamas para jogar. Segundo: Era o único jogo de arcade onde o jogador tinha um macete contra a máquina. Bastava ficar de costas a qualquer inimigo e aplicar uma sequencia de cotoveladas nele para derrota-lo.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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