X-Men: Apocalipse| Crítica do filme

Terceiro filme da nova trilogia dos mutantes da Marvel, X-Men: Apocalipse segue a receita dos filmes anteriores dirigidos pelo diretor Bryan Singer. São ótimas misturas de aventura e diversão, pouca fidelidade aos quadrinhos e nenhuma importância com ordem cronológica ou construção de um universo próprio. São produções que, sim, são sequenciais, mas com liberdade poética para seguir seu próprio rumo e sem se envergonhar com isso.

Se você é daqueles que não se importam com essas coisas citadas acima e não fica chocado que cada filme se passa numa referida década (X-Men: Primeira Classe nos anos 60; X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido nos anos 70 e X-Men: Apocalipse nos anos 80) e os atores não envelheceram nem cinco anos, você vai curtir a nova aventura dirigida por Bryan Singer que, apesar de não dar muita bola para os fãs mais xiitas, sabe transportar o clima das HQs para as telonas como poucos.

X-Men: Apocalipse começa no Egito Antigo, mostrando o processo de transferência de corpo de En Sabah Nur (Oscar Isaac), o primeiro mutante, e seus Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Depois de traído, ele acaba enterrado num sono profundo quando será acordado nos anos 80 para destruir o mundo dos homens e criar o dos mutantes.

Nessa referida década, Charles Xavier (James McAvoy) já tem a sua escola para mutantes; Magneto (Michael Fassbender) vive com sua esposa e filha na Polônia; Mística (Jennifer Lawrence) está no filme para não fazer absolutamente nada e somos apresentados (novamente) aos novos velhos personagens: Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan), Noturno (Kodi Smit-McPhee), Anjo (Ben Hardy), Tempestade (Alexandra Shipp), Psylocke (Olivia Munn).

É justamente na apresentação dessa nova turma que X-Men: Apocalipse acerta. O elenco jovem traz frescor para a série e os personagens funcionam na trama. Claro que pelo excesso, muitos aparecem como meros coadjuvantes e podem render mais nas prováveis continuações da franquia. Mas a maneira como que eles se juntam na tela para salvar Xavier das garras de Apocalipse é muito bem feita e o resultado na tela é encantador.

Defeitos? Claro que o X-Men: Apocalise tem. As principais dele são a longa duração (145 minutos) e a escalação de atores que estão ali apenas para garantir marketing ao filme. Caso da desnecessária cena de Wolverine (que está ali só para garantir um gordo cachê para o Hugh Jackman) e a insignificância da escalação de Mística, que está ali apenas pelo sucesso de Lawrence na franquia Jogos Vorazes.

Para que X-Men vire uma saga de sucesso como a Marvel faz com suas produções, ou como a DC pretende fazer, a Fox precisa arriscar mais e esquecer de personagens como Magneto, Mística e Wolverine que já deram o que tinha que dar. O universo dos mutantes é muito rico e pode ser explorado de diversas maneiras para ela se torna uma franquia tão importante como as de suas concorrentes. Mas talvez a vontade da empresa seja apenas entreter. E isso ela faz muito bem.

Direção: Bryan Singer
Roteiro: Bryan Singer , Dan Harris , Michael Dougherty e Simon Kinberg
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Oscar Isaac, Sophie Turner, Nicholas Hoult, Rose Byrne e Olivia Munn.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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