TV | A dura luta dos seriados por sobrevivência

Conseguir emplacar um piloto de série é algo muito difícil. Conseguir ser escolhido para realizar alguns episódios e até terminar a primeira temporada é algo raro. Renovar, então, é um milagre que poucas produções conseguem atingir.

A bem sucedida Game of Thrones é um exemplo desta dificuldade. A exibição do episódio piloto para executivos e produtores foi um fracasso tão grande que mais de 90% do trabalho teve que ser refilmado. E, muito provavelmente, só obteve essa chance por todos considerarem a adaptação dos livros uma mina de ouro.

A própria The Wire, tida por muitos como a melhor série de todos os tempos, nunca conseguiu atrair multidões e sobreviveu da obstinação da HBO e de seu prestígio.

A seguir, algumas series que não causaram comoção entre o grande público mas merecem atenção.

 

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Mad Dogs

Exibida pela Amazon, Mad Dogs mistura vários elementos em uma comédia de erros violenta e assustadora. No elenco, Ben Chaplin, Michael Imperioli, Romany Malco e Steve Zahn vivem amigos que se reúnem em uma visita a um deles que vive em Belize, pequeno país na América Central. Esse amigo é ninguém menos que o eterno Fantasma, Billy Zane. Refilmagem de uma série inglesa de 2011, conta com uma produção luxuosa, roteiro de primeira e elenco afiado. Foi muito bem recebida pela crítica que destacou que o caráter bizarro da história e das situações apresentadas se equilibram com a progressão do enredo, virtude da qualidade do roteiro.

 

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Marvel’s Agent Carter

As aventuras da agente Peggy Carter nos anos 40, logo após o fim da Segunda Guerra são divertidos e meio que para toda a família, uma vez que o grau de violência é “aceitável” diante das brutalidades mostradas no noticiário. Vivida pela atriz britânica Hayley Atwell, reprisando seu papel no filme Capitão América (2011), Peggy passa a primeira temporada enfrentando a saudade do Capitão e o machismo na SSR (Strategic Scientific Reserve).

Para ajudá-la no combate ao crime e às “superameaças” Stark pai, ocasionalmente, lhe empresta o mordomo Jarvis (que mais tarde dará nome ao computador do filho Tony). A química entre os dois atores é incontestável e James D´Arcy, apesar de funcionar como alívio cômico, muitas vezes rouba a cena.

Apesar da baixa audiência, as boas críticas foram suficientes para que a ABC apostasse em uma segunda temporada que a Sony exibe aqui no Brasil.

 

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Ripper Street

A história de Ripper Street começa em 1889, seis meses depois dos assassinatos cometidos por Jack, O Estripador no bairro londrino de Whitechapel. A série tem temática policial, mas o fundo histórico e a produção cuidadosa ajudam a tornar a jornada dos personagens mais interessantes.

A tentativa de transformar o trabalho da polícia em algo científico que vá além da brutalidade é outra marca, recaindo sobre os ombros do inspetor Reid e do médico americano Capitão Jackson o trabalho duro. A bússula moral do programa, no entanto, vem do policial, e ex-soldado, Drake.

Produzida pela BBC, estreiou em 2012 com críticas positivas, mas foi cancelada após a segunda temporada por baixa audiência. A Amazon UK, no entanto, viu potencial no programa e o resgatou, renovando novas temporadas até 2016.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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