Crítica da terceira temporada de ‘The Umbrella Academy’

Depois de quase dois anos sem novos episódios, ‘The Umbrella Academy’ enfim está de volta com sua terceira temporada na Netflix. A série, que acompanha uma equipe de heróis desajustados e nada heroicos, volta focando seus 10 episódios no crescimento pessoal de cada personagem e mostrando as consequências de suas ações ao jogá-los em uma realidade completamente diferente da que estão acostumados.

Nas duas primeiras temporadas, a Umbrella Academy teve que lutar contra o tempo para salvar o mundo do apocalipse enquanto lidavam com dilemas pessoais e assassinos excêntricos. Na terceira, não é diferente, só que agora eles também precisam encarar uma nova linha do tempo onde nunca foram adotados por Reginald Hargreeves. O bilionário, que não ficou nada impressionado ao conhecer os filhos nos anos 1960, resolveu adotar sete crianças diferentes e, assim, formar a Sparrow Academy.

The Umbrella Academy

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Durante toda a temporada é possível perceber que o tom da série continua o mesmo, mas agora com assuntos mais maduros. É notável o crescimento pessoal de cada um dos irmãos que possuem arcos diferentes e trabalham para superar seus traumas, melhorar seus poderes e relacionamentos. Mas a terceira temporada de The Umbrella Academy continua com humor sombrio, heróis bizarros, cenas de ação com efeitos especiais propositalmente esquisitos, mistérios nunca solucionados e relacionamentos complicados entre irmãos.

A Sparrow Academy chega para cumprir um papel de antagonismo na trama que antes pertencia a Gestora (Kate Walsh), que faz falta durante toda a temporada. Eles possuem uma dinâmica muito oposta a Umbrella Academy, são mais organizados como equipe de heróis, mas se comportam menos como uma família. Os novos personagens possuem poderes interessantíssimos e acrescentam bastante durante a temporada, principalmente Sloane (Genesis Rodriguez) e Fei (Britne Oldford). As duas equipes contam com um membro em comum, Ben (Justin H. Min), que embora tenha falecido na timeline da Umbrella Academy, está vivo e com uma personalidade completamente diferente como um membro da Sparrow Academy.

O vilão

Apesar da adição da Sparrow Academy e do Kugelblitz, o verdadeiro “vilão” da temporada, o maior foco, são, em outras palavras, os arcos pessoais de cada um. Um desses, que foi trazido diretamente da vida real para a série, é a mudança de gênero de Viktor (Elliot Page) que foi tratada de forma muito sensível, natural e com respeito. A transição do personagem não poderia ter sido feita de modo melhor.

Como era muito aguardado pelos fãs, Klaus (Robert Sheehan) finalmente descobre e explora mais seus poderes, trabalhando para superar os traumas de sua infância. Diego (David Castañeda) passa por uma jornada de amadurecimento que já havia começado na temporada passada e que é fruto direto de seu relacionamento com Lila (Ritu Arya). A dinâmica entre os dois está melhor do que nunca e o relacionamento deles é bem trabalhado. Luther (Tom Hopper), que não era um personagem que gerava muita simpatia entre os fãs, tem uma melhora de personalidade considerável e, assim, se tornou muito mais interessante e legal do que era.

The Umbrella Academy

Destaques

Os dois destaques entre a Umbrella Academy são Five (Aidan Gallagher) e Alisson (Emmy Raver-Lampman). O primeiro assume totalmente o papel de líder do grupo que ele já vinha tomando, enquanto busca por uma aposentadoria e um descanso merecido de ter que salvar o mundo. Já o segundo é a pessoa que, entre os irmãos, está com maior dificuldade de aceitar todas as mudanças que vem acontecendo em sua vida e sua negação diante de tudo afeta seu relacionamento com seus irmãos, principalmente Viktor, além de alterar o modo como ela lida com decisões difíceis.

Pela primeira vez, temos Reginald Hargreeves (Colm Feore) vivo e interagindo com os filhos adultos de forma integral. E mesmo que ele não tenha memória alguma de criar eles, o bilionário se propõe a ajuda-los com seus problemas. Outras figuras do passado dos protagonistas também aparecem durante a temporada e alguns mistérios são finalmente solucionados.

Diversão e bizarrice

Em outras palavras, The Umbrella Academy não é uma série de super-heróis que se leve a sério. Seu objetivo é, em suma, proporcionar diversão, excentricidade e bizarrice, além de sempre deixar claro o quanto cada um dos heróis precisa de terapia. Ela trabalha a relação entre os irmãos, como time e como família, expondo e trabalhando os defeitos de cada um, muito mais do que falando sobre suas qualidades ou sobre seus poderes incríveis

A série tem tudo para adquirir um tom cada vez mais maduro ao mesmo tempo que lida com absurdos. E esperasse que, caso volte para uma quarta temporada, mude bastante seu formato, deixando de lado a união entre os irmãos apenas para encontrar uma solução para o apocalipse. O final é impactante e bem diferente dos outros, deixando claro que uma mudança na dinâmica entre os personagens está próxima. Aliás, importante ressaltar que o último episódio possui cena pós-créditos.

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Trailer da terceira temporada de The Umbrella Academy

Ficha técnica da terceira temporada de The Umbrella Academy

Título original: The Umbrella Academy
Criação: Steve Blackman
Direção: Jeremy Webb
Roteiro: Steve Blackman, Gerard Way,
Elenco: Elliot Page, Tom Hopper, David Castañeda, Emmy Raver-Lampman, Robert Sheehan, Aidan Gallagher, Justin H. Min
Temporada: 3
Episódios: 10
Duração: 50 minutos
Estreia: 22 de junho de 2022
Onde assistir? Netflix
País: Estados Unidos
Gênero: ação, aventura, ficção-científica
Ano: 2022
Classificação: 16 anos

Ana Teresa

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