Ninjak mistura ninjas e espionagem em trama estilo anos 80 e 90

Capa do volume 1 de Ninjak, Armeiro, publicado pela Jambô Editora
Capa do volume 1 de Ninjak, Armeiro, publicado pela Jambô Editora

Década de 80 e 90. A série de filmes American Ninja faz sucesso entre crianças e adolescentes ao passar em looping em sessões vespertinas de filmes da TV aberta. Dito isso, pode-se dizer que não há nada na cultura pop que tenha passado ileso pela figura do ninja nos últimos 30 anos.

Ninjas no exército? Claro! Crianças Ninjas? Sem problemas? Tartarugas Ninjas? Apenas sim! E para quem viveu esta época e tem saudade, uma boa pedida para se começar nos quadrinhos é Ninjak, da Valiant Comics, que faz a inusitada – e certeira – mistura de ninjas com espionagem em um encadernado publicado no Brasil pela Jambô Editora, a mesma de XO Manowar, que já falamos aqui na DG.

Na trama, acompanhamos Colin King, operativo do programa Ninja K do MI6, o Serviço Secreto Britânico e, possivelmente, um dos homens mais letais do planeta. King tem uma missão: se infiltrar na Armeiro, a organização criminosa mais poderosa e exclusiva do mundo, que é capaz de fabricar qualquer tipo de arma para qualquer pessoa capaz de pagar somas obscenas de dinheiro.

E como fazer isso? Ganhando a confiança do CEO da “empresa”, o chefão conhecido apenas como Kannon. E é aqui que o gibi ganha molho. Entre flashbacks de sua infância, marcada pelo comportamento abusivo do seu mordomo, a ausência dos pais e os erros de seus primeiros dias de espião, vemos os artifícios usados por Ninjak para atingir seu objetivo.

Personagens com profundidade

Outro ponto que vale ressaltar na HQ é que, da mesma forma que o herói não é apenas o herói, mas a sucessão de acontecimentos que o levaram até aqui, os vilões também têm esse tratamento. Nas páginas do largo encadernado – em relação a outros da Valiant lançados na mesma época – vemos a história pregressa de Kannon e Rokku, misturando elementos sobrenaturais e tecnológicos, que moldaram suas trajetórias.

Assim como aconteceu com XO Manowar, Ninjak já deu as caras no Brasil em outras publicações da Valiant. Entretanto, a maneira como o volume revisita o passado do personagem, o encadernado da Jambô pode ser devorado e curtido calmamente até por quem nunca teve contato com os quadrinhos antes.

Escrito e ilustrado como um filme de ação no melhor estilo Missão Impossível, Armeiro, esse primeiro volume de Ninjak, cria uma atmosfera envolvente, a qual não seria estranho vermos em uma das aventuras de Tom Cruise como Ethan Hunt, ou mesmo do agente secreto mais famoso do mundo: James Bond. Isso se ele fosse um ninja, claro.

Ficha Técnica:

Título: Ninjak – Armeiro (volume1)
Editora: Jambô
Autores: Matt Kindt (roteiro), Clay Mann, Butch Guice (arte) Ulises Arreola (cores)
Lombada: quadrada
Páginas: 176
Formato: 27,4 x 18,2 cm
Lançamento: dezembro/2017

Carlos Bazela

Jornalista e leitor compulsivo, gosta de cerveja, café e chá preto não necessariamente nessa ordem. Fã de boas histórias, principalmente daquelas contadas por meio de desenhos e balões.

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One thought on “Ninjak mistura ninjas e espionagem em trama estilo anos 80 e 90

  1. Divinity questiona Deus e a ciência em HQ | Dimensão Geek 26/02/20 at 10:09

    […] superequipe de heróis da Valiant formada por XO Manowar, Ninjak (que já apresentamos aqui e aqui), Livewire e Guerreiro Eterno para avaliar e neutralizar a ameaça. Mas, falar é mais fácil do […]

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