João Torrentino viu: Season Finale – The Walking Dead

Antes de começar a falar da última temporada de The Walking Dead (que é bom lembrar que contem SPOILERS), vamos apresentar essa nova coluna da Dimensão Geek, chamada João Torrentino Viu… O João Torrentino é um primo nosso que mora em Itanhaém e é muito antenado com o universo das artes. Ele saca muito de música, cinema, séries e games. Frequenta diversos festivais e recebe muito material antecipado. Tem uma vasta coleção de on-line e não é mesquinho. Empresta qualquer item de sua coleção sem cobrar nada.

Mas falando sobre The Walking Dead – que teve o último capítulo de sua quinta temporada exibido ontem – precisamos destacar o golaço marcado pela Fox que exibiu o episódio com apenas uma hora de atraso em relação aos Estados Unidos. Sem intervalos comerciais e com pouco mais de uma hora de duração.

Se podemos definir essa temporada com uma única palavra ela seria “reencontro”. Seja físico, com os sobreviventes encontrando novamente um lar, seja ele psicológico, com os personagens reencontrando com suas personalidades que foram deixadas de lado em meio ao caos causado pelo apocalipse zumbi.

Dividida em duas partes, a quinta temporada de The Walking Dead finalmente acertou o ritmo da série.  Com diversos cenários e tramas paralelas com o grupo separado, os produtores agilizaram as coisas e resolveram os pontos sem enrolação. Foi assim com o grupo de canibais e com o grupo do hospital – que teve a terrível morte da Betty, justamente quando ela ia reencontrar com a irmã e o resto do grupo.

Outro acerto dessa temporada foi questão dos conflitos internos dos personagens, com eles encontrando e enfrentando seus demônios internos. Alguns não tiveram finais felizes e foram derrotados por eles, com Tyresse, e outros, como o padre Gabriel, conseguiram se salvar e reencontrar com a fé diante da dura e cruel realidade.

Claro que o ponto mais forte dessa temporada foi Alexandria e suas instalações. Algo que jamais seria imaginado por Rick e seus seguidores. Um lugar com luz elétrica, comida farta, harmonia e paz. Foi o reencontro dos sobreviventes com o mundo pré-apocalipse. O reencontro com a civilização. Algo que para o xerife continua sendo apenas uma ilusão.

Apesar da desconfiança de Rick e de parte do grupo com o local, é inegável o bem que ele fez ao grupo e o bem que o grupo fez a ele. Enquanto eles precisavam de um lar de verdade, Alexandria precisava de sobreviventes que trouxessem à tona essa nova realidade que os moradores daquela comunidade desconhecem.

Outro fator positivo, principalmente nesse último episódio, foi o clima tenso que percorreu todo o season finale, com a chegada do “julgamento” de Rick dentro da nova comunidade e com Darryl e Aaron atrás da “gangue do W” e o reencontro de um antigo personagem – Morgan, o primeiro humano visto pelo Xerife quando esse desperta do coma já no meio do apocalipse zumbi.
Muitas interrogações ficaram após esse season finale de The Walking Dead, principalmente sobre quem seriam as pessoas que marcam os zumbis com a letra W? Ao que parece, não se trata de um grupo, mas de dois outros sobreviventes que se auto intitulam Os Lobos (The Wolves, em inglês). Inteligentes e bem organizados, sabem “prender” os zumbis em armadilhas e provaram ser espertos e rápidos ao se livrarem do carro onde foram presos por Morgan para serem devorados pelos zumbis.

O season finale não teve muita ação, mas não foi um episódio arrastado como na época da rivalidade de Rick com o Governador. Ele foi muito bem conduzido, com a tensão aumentando a cada minuto, até o momento final, onde finalmente os moradores de Alexandria entendem que a realidade fora dos muros do seu paraíso é completamente diferente do que acontece na sua comunidade. Ao invés de ver o xerife como um maluco psicopata que quer matar quem se opõe contra ele, seus novos parceiros entenderam que o perigo bate à sua porta e que eles precisam aprender a se proteger. E que chegue logo outubro para que possamos saber as surpresas reservadas para a sexta temporada de The Walking Dead.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

Learn More →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *