‘A Casa do Dragão’ evoca o melhor de ‘Game of Thrones’

Bastou apenas um episódio para ‘A Casa do Dragão’ trazer de volta o melhor espírito de ‘Game of Thrones’. Embora o final seja polêmico, é inegável que encerrou com dignidade uma das melhores séries de todos os tempos. Pois eis que o spin off, baseado na Casa Targaryen, e que se passa 200 anos dos acontecimentos do material original, segue os passos que a consagrou. Muita trama política, traições, sexo, violência exagerada e muitos dragões.

Em ‘The Heirs of the Dragon’, episódio que abre a série, um determinado personagem enxerga aquilo que vimos no futuro. A maior ameaça a dinastia Targaryen é a própria Casa Targaryen. Sedentos por poder e tendo dragões à disposição, claro que uma faísca ali pode incendiar tudo a qualquer momento.

Sucessão 

Na série acompanhamos o Rei Viserys I (Paddy Considine), que por não ter um filho homem, apenas uma mulher – a jovem Rhaenyra (Milly Alcock, na fase adolescente), tem como sucessor seu irmão, o príncipe Daemon (Matt Smith).O problema é que este carrega com mais vigor o lado louco da família e costuma ser implacável e cruel com seus inimigos. Sejam eles de fora ou de dentro da própria corte.

Aliás, seu principal adversário é justamente o principal membro da corte, a Mão do Rei, cargo ocupado por Otto Hightower (Rhys Ifans), que constantemente (e sem sucesso) tenta alertar o rei sobre o problemático irmão. Mesmo com os alertas, Viserys I segue defendendo Daemon até uma tragédia abalar sua vida e rumores sobre a sucessão finalmente abrirem seus olhos.

Patriarcado e feminismo

Logo de cara vemos que A Casa do Dragão vai tocar em questões importantes e que, infelizmente, ainda são tabus em nossa sociedade. Principalmente o patriarcado, afinal de contas a Casa Targaryen é o exemplo perfeito da classe favorecida nesse sistema; além do feminismo. Aqui, na própria saga de Rhaenya que terá que enfrentar a fúria do tio por ter sido escolhida como a sucessora do Trono de Ferro. E para isso ela contará com a ajuda de, a princípio, dois papeis femininos fortes. Alicent (Emily Carey), filha da Mão do Rei e a tia Rhaenys (Eve Best), que passou pelo mesmo dilema, mas acabou preterida por Viserys I e acabou se tornando a “rainha que nunca foi”.

Embora ainda seja cedo para afirmar se A Casa do Dragão vai repetir a mesma qualidade e o mesmo sucesso de Game of Thrones, podemos afirmar com certeza que o primeiro caminho foi bem pavimentado. Afinal, tudo o que há de melhor da saga está lá. Sem contar na produção primorosa da HBO que trata com carinho o seu carro chefe. Figurinos, efeitos especiais, cenas de batalha, direção de arte e elenco são de primeira. Só nos resta aguardar e curtir.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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