O Regresso| Crítica do filme estrelado por DiCaprio

Indicado em 12 categorias para o Oscar 2016 – Melhor filme, Melhor diretor; Melhor Ator; Melhor Ator Coadjuvante; Melhor Fotografia; Melhor Edição; Melhor Direção de Arte; Melhor Figurino; Melhores Efeitos Visuais; Melhor Maquiagem; Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som; O Regresso provavelmente será o longa que dará a tão desejada estatueta para Leonardo DiCaprio. Não só isso. Ele deve consagrar também Alejandro González Iñárritu na direção, fazendo com que o diretor mexicano vença a premiação por dois anos seguidos (ele foi eleito o melhor diretor em 2015, por Birdman).

E não será nenhum exagero consagrar O Regresso. O filme é um dos melhores (se não for o melhor) trabalho de Iñárritu e tem outra bela atuação de DiCaprio, que, diga-se de passagem, vem merecendo esse reconhecimento há muito mais tempo. A fotografia de Emmanuel Lubezki é espetacular – as belíssimas cenas e as lindas tomadas em plano sequencia são primorosas – o roteiro é ótimo, o elenco redondinho e, para coroar, tem a impressionante e chocante cena do ataque da ursa. O único ponto negativo do filme é a duração excessiva.

Em O Regresso, o explorador Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) trabalha como guia de floresta quando em uma das expedições é brutalmente atacado por uma ursa. Com ferimentos graves, amarrado numa maca improvisada e impossibilitado de ser carregado morro acima, ele é deixado para trás junto com seu filho mestiço e outros dois companheiros.

Cansado de esperar pela morte de Glass, John Fitzgerald (Tom Hardy), resolve acelerar o processo dar um fim ao sofrimento do guia. Lutando desesperadamente pela sua sobrevivência, Glass precisa enfrentar as dores do seu corpo quebrado, a fome, o frio intenso e cicatrização das feridas abertas pela ursa para se recuperar e se vingar.

Tudo em O Regresso é muito bem executado, fazendo com que o novo trabalho de Iñárritu seja um dos melhores filmes dessa década. Trata-se de uma obra envolvente, que deixa o espectador tenso do início ao fim; incômoda (é impossível não imaginar e sentir o sofrimento do personagem de DiCaprio) e espetacular. Um filme grandioso e que merece ser o grande vencedor do Oscar 2016.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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