Justiceiro | Crítica da 1ª temporada

Série começa boa, mas subtramas embaralham o meio de campo

Pegue um anti-herói/vilão como o Justiceiro (Jon Bernhtal), que foi muito trabalhado no cinema, mas da forma errada, e o coloque em uma série de sucesso, como foi a 2ª temporada de Demolidor, pronto: temos aí um personagem interessante para seu próprio seriado na Netflix, criado pelo produtor Steve Lightfoot, de séries como Hannibal.

E o hype foi aumentando, com a divulgação dos trailers – em especial aquele com “One”, do Metallica, ao fundo (ok, aqui falou o fã “metallico”), que você logo abaixo.

E aí veio a estreia, com a liberação dos 13 episódios e, ao final deles, temos um misto de sensações: começo excelente, meio da série com subtramas dispensáveis e um final de tirar o fôlego, com possíveis ganchos para a segunda temporada (sem contar a participação em Demolidor).

A série começa mostrando, em flashbacks e sonhos, a tragédia familiar do protagonista, que o motiva a se tornar o Justiceiro e a sua busca pelos culpados, mas com uma diferença: Castle é um ex-fuzileiro que serviu no Afeganistão e vive atormentado por uma missão que terminou com a execução de um policial – aparentemente inocente.

Para conseguir cumprir sua promessa, ele se alia a Micro (Ebon Moss-Bachrach), um hacker que forjou a própria morte – para proteger a família – depois de descobrir tudo sobre a operação que envolvia Castle.

O grande problema  da sério é o “meio”, com suas subtramas que, ao meu ver, não serviram para nada, talvez para divertir ou levantar questionamentos sobre os problemas da guerra e – todo mundo sabe que isso não é novo – e as sequelas que elas deixam nos ex-soldados.

Já Jon Bernhtal consegue ser o melhor intérprete de Castle já visto (ok, tarefa nem tão difícil, já que até Dolph Lundgren deu vida ao Justiceiro), com muita raiva acumulada e um desejo de sair por aí matando todo mundo (em dois ou três episódios, até acho que ele filosofa demais, talvez pelo tom “humano” que quiseram dar nessa versão).

E um ótimo protagonista precisa de um antagonista a altura e o Billy Russo – o Retalho – de Ben Barnes consegue com êxito ser o vilão que esperamos: manipulador e sedutor, além de mortal e cruel quando preciso.

Com alguns bons atores como elenco de apoio “Justiceiro” é, sem dúvida, uma das melhores séries dessa parceria Marvel/Netflix e, a depender dos dois últimos episódios dessa primeira temporada, vem muita coisa boa por aí.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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