Melhor que o episódio de estreia, The House of Black and White já começa a mostrar os rumos que ditarão a quinta temporada de Game of Thrones. Embora seja “centrado” na casa Stark, ele mostra também uma pequena parte da cidade em Dorne e o começo do declínio de Cersei Lannister e Daenerys Targaryen. O texto a seguir contém spoilers, se você não viu o episódio é melhor voltar para a nossa página principal clicando aqui. Se você não se importa, continue lendo por sua conta e risco.
A situação não é boa para os Starks desde a primeira temporada, mas em The House of Black and White dá a entender que a sorte começará a mudar para os lobos do norte. Mas como nem tudo são flores (aliás, muito pelo contrário) na obra de Geroge R.R. Martin, não podemos dizer realmente que dessa vez a família deixará de sofrer.
Arya continua sendo a mais esperta e determinada filha de Ned Stark. Ela finalmente chegou em Bravos e está na casa de portões branco e preto (o The House of Black and White do título), onde deseja aprender com o seu aliado Jaqen H’ghar como se tornar uma “ninguém”. A garota tem os brios do saudoso Ned e não desiste do seu objetivo com facilidade.
O mesmo não pode se dizer de Jon Snow, que a cada dia que passa prova que realmente não sabe de nada. Todos sabem que existe uma teoria que coloca em xeque a questão da paternidade de Jon Snow. Mas se ele não herdou a teimosia e falta de jogo de cintura do DNA dos Starks, foi a convivência com a família que o tornou bocó desse jeito, capaz de recusar o título de Rei do Norte oferecido por Stannis porque agora ele é um irmão juramentado da Patrulha da Noite e não pode abandonar seus irmãos. E a sua recém promoção a 998.º Senhor Comandante não é lá pra ser comemorada, já que o bastardo não é bem quisto por metade dos seus irmãos, é odiado pelos selvagens e despertou a fúria de Stannis.
Mas nada é pior do que Sansa, que além de não ter nenhuma qualidade da família Stark consegue ser mais burra que o irmão bastardo, incapaz de aprender com os próprios erros. A moça é um desastre ambulante e não consegue se aliar com ninguém que preste. E o pior, não consegue parar para pensar nas suas próprias escolhas. Depois de se aliar com Joffrey, depois Cersei, a ex-ruiva recusa a ajuda de Brienne para continuar sendo “ajudada” pelo Mindinho – que mesmo matando sua tia em sua presença ainda é visto com bons olhos pela moça. Mais burra impossível.
Ainda não foi dessa vez que Dorne apareceu para valer e por isso nem vale a pena destacar essa parte que só serviu para mostrar rapidamente Myrcella Baratheon e o descontentamento de Ellaria Martell com o príncipe Doran Martell, sobre a morte do tio Oberyn Martell (a Víbora Vermelha). É um arco que será importante mais para o final da temporada e por isso não dá para entrar em detalhes ainda.
Mas se as coisas estão bem para o clã Stark, não podemos dizer o mesmo das famílias Lannister e Targaryen. As rainhas das respectivas casas começam a meter os pés pelas mãos e se complicam um pouco mais no jogo dos tronos. Cersei nem tanto. A mãe do rei Tommen espera se perpetuar no poder formando um Conselho para lhe agradar ao invés de um que seja melhor para o reino. E isso poderá custar caro mais para frente.
Já a mãe dos dragões percebe que não será fácil lidar com a guerra entre os Filhos da Harpia e seus Imaculados. Pior, ao ignorar o que Sor Barristan Selmy disse sobre as loucuras do seu pai, o Rei Louco, e comandar um julgamento desastroso, ela terá que lidar com a revolta dos seus libertos. Mas nem tudo está perdido para Khaleesi que, ao receber a “visita” de Drogon – seu dragão mais perigoso e único que continua livre – ela percebe que ele ainda tem algum tipo de afeto por ela. E isso pode ser o diferencial nesse jogo, afinal de contas, quem não gostaria de ter um dragão como aliado?