True Detective S02E07 | Black Maps and Motel Rooms

Apesar de Black Maps and Motel Rooms ter sido um bom episódio, que revelou muita coisa da trama por trás do assassinato de Ben Caspere, ele é insuficiente para salvar a segunda temporada de True Detective. Infelizmente são tantas subtramas, tantos personagens mal aproveitados e que, de certa maneira, tem um papel no assassinato do administrador da cidade de Vinci, que essa reta final da série parece o samba do crioulo doido. Não é exagero. Vamos aos fatos.

Como era de se esperar, Frank tinha sido enrolado por Caspere. Desde o princípio, ele tinha planos de roubar a grana do mafioso numa jogada envolvendo Osip, o gângster russo que quer dominar os negócios local, e Catalyst, a companhia onde o admnistrador trabalhou e dona das terras que Frank investiu seu dinheiro. Talvez esse seja isso que levou ao seu assassinato. Ao se aliar com criminosos mais poderosos, ele pode ter sido vítima de uma queima de arquivos.

A trama, que até então estava redonda, se perde no meio de tantas reviravoltas envolvendo personagens que mal apareceram na série. A principal delas envolve os tais diamantes que foram roubados em 1992 e estavam nas mãos do assassinado. No tal assalto a joalheria estavam envolvidos os policiais Dixon, Burris, Holloway e Caspere que até então tinham papéis insignificantes na temporada, mas que podem ser os responsáveis pela morte do administrador por causa das benditas pedras preciosas.

Black Maps and Motel Rooms se perde ainda mais em colocar outras subtramas envolvendo a secretária de Caspere (que pode ter sido uma das crianças sobreviventes do assalto à joalheria), a tentativa de Tony Chessani em acabar com a carreira política do pai (o prefeito Austin Chessani), Osip querendo também tomar todos os negócios de Frank, o jogo duplo de Blake (braço direito de Frank) e as estranhas coisas que aconteceram na seita do pai da detetive Ani Bezzerides. Coisas que provavalmente não serão concluídas e, portanto, não farão a menor falta à trama principal.

Mas o pior mesmo nessa temporada, que ficou mais do que evidente em Black Maps and Motel Rooms, é a total falta de desenvolvimento dos personagens principais. Basta ver a história do policial e ex-soldado Paul Woodrugh que se despediu da série sem mostrar a que veio e sem deixar saudades. Ao contrário do primeiro ano, que foi centrado apenas em Rust Cohle (Matthew McConaughey) e Marty Hart (Woody Harrelson), aqui, Nic Pizzolatto cometeu o grande erro em dobrar o número de protagonistas, nos mesmos oito capítulos do ano anterior. O resultado só poderia ser esse. Histórias individuais fracas, que não dizem absolutamente nada. Ainda falta mais um capítulo. E ele não será suficiente para salvar essa temporada.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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