MasterChef Brasil S02E10| 10 candidatos ainda competem

Em mais uma edição longa e arrastada, o capítulo sonolento de MasterChef Brasil exibido ontem pela Band só não foi um marasmo completo por causa do emocionante depoimento do chef Henrique Fogaça sobre a sua filha portadora de necessidades especiais, que se alimenta por uma sonda.

Ao criticar o prato de Marcos, o jurado do Masterchef Brasil lembrou o período que ficou no hospital para acompanhar a filha. “Eu tenho uma filha especial e há algum tempo precisei ficar com ela no hospital e precisei comer lá. Sua comida (Marcos) me lembrou a comida de lá. Sem sal, sem gosto, sem vida”. A parte mais emocionante do depoimento, porém, foi quando ele criticou outro prato pífio de Aritana. “Se você (Aritana) não consegue cozinhar para a gente, então pensa nos seus filhos. Minha grande frustração é não poder cozinhar para a minha filha. Ela se alimenta por sonda, não sente gosto, se sente, não pode falar”, disse visivelmente emocionado. A filha de Oscar Maroni foi salva novamente da degola e quem caiu nessa semana foi a terapeuta Carla.

Não sei se o depoimento de Fogaça foi para chacoalhar os candidatos. O nível é tão decepcionante, os candidatos são tão fracos que o melhor prato da noite foi o de Lucas que, segundo Jacquin, estava delicioso, mas parecia uma massa de concreto jogada no prato. A única coisa interessante na prova eliminatória foi o formato. O chef francês demonstrou como se preparar um salmão e os candidatos tiveram que repetir e usar sua preparação no prato.

Só para se ter uma ideia do amadorismo dos competidores brasileiros, abaixo tem uma foto do prato vencedor da noite de ontem e uma da final do MasterChef Junior, realizado nos Estados Unidos. Dá pra acreditar que o prato mais bonito foi feito por uma criança de 12 anos? Pois acredite. A maçaroca verde é do adulto brasileiro. O outro é do vencedor do reality show infantil norte-americano.

masterChef prato lucasMasterChef-Junior-Results

Além do baixo nível, outra coisa que incomoda nessa temporada de MasterChef Brasil é a falta de competitividade dos participantes. Parece que eles não entendem que o reality não é um Big Brother Brasil. Não existe teste de popularidade ou voto de telespectador. Não precisa ficar bem na foto porque afinal de contas “o Brasil está vendo”, como costumam dizer os BBBs. Ao vencer a prova de food truck, Izabel, Raul e Jiang deveriam imunizar os candidatos mais fracos e deixar os mais fortes se matarem na cozinha. Salvar Sabrina (mesmo que pelos motivos errados) foi um acerto, mas salvar Fernando no lugar de Marcos ou Carla – que são mais fracos que os outros – foi um erro estratégico imperdoável.

Como o nível não vai melhorar mesmo, só nos resta torcer para que o menos pior vença. E seja ele quem for, ele jamais será um Masterchef de verdade.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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