Homem-Formiga | Crítica do filme

Quando a Marvel acerta na escolha do elenco, da produção, do roteiro e consegue mesclar na dose certa humor e ação, pode apostar: ela vai marcar outro gol de placa. Mesmo se o personagem principal do filme não for um conhecido do grande público, como é o caso do Homem-Formiga.

Nem parece que o Homem-Formiga teve problemas durante a sua produção que culminaram com a saída do então diretor do longa, Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto), por “divergências criativas”. Em seu lugar veio Peyton Reed, responsável por comédias românticas de gosto duvidoso e do filme “Sim, Senhor”, um dos mais fracos da carreira de Jim Carrey. Talvez o filme seria até mais interessante com Wright, mas sua saída não atrapalhou em nada. Reed fez um bom trabalho e o filme flui muito bem durante suas duas horas de duração.

O grande acerto da Marvel foi tratar a produção como um filme simples. Nada de planos mirabolantes, invasões alienígenas ou cenas de açãos ininterruptas que mais parecem uma cena de videogame. O Homem-Formiga é um filme “menor” no bom sentido do termo. Uma história sobre um cientista que cria algo perigoso, resolve tirá-lo de cena para que não caia nas mãos dos militares. Anos mais tarde ele precisa sabotar seu pupilo ambicioso, pois ele está chegando perto demais de sua descoberta.

Apesar do enredo simples, ele funciona muito bem. Principalmente porque o elenco dá conta do recado. Começando pelo protagonista. Paul Rudd está ótimo como Scott Lang/ Homem-Formiga. Ele tem carisma, segura bem a onda e traz alma ao personagem. Como se não bastasse, ainda temos o grande Michael Douglas no papel do Dr. Hank Pym, a belíssima Evangeline Lilly (a Kate, de LOST) como a filha de Pym, Hope van Dyne e o competente Corey Stoll como o vilão Darren Cross/ Jaqueta Amarela. E não pára por aí. Os parceiros de Lang são ótimos coadjuvantes que roubam o filme algumas vezes com boas piadas. Destaque para Michael Peña, que brilha no papel de Luis, o “líder” da gangue que ajuda o Homem-Formiga.

Não pense que o filme não tem ação. Ele tem, mas na medida certa. Não é exagerado. É tudo muito bem dosado e funciona muito bem. Destaque também para os efeitos especiais, que são maravilhosos. Tanto nas cenas em que Homem-Formiga está no tamanho de um inseto, quanto nas que ele está em tamanho natural. E quando os objetos pequenos interagem com o cenário grande e vice-versa, o resultado é incrível.

Ah, e não se esqueça que estamos falando de um filme da Marvel. Portanto, não saia do cinema logo após o fim de Homem-Formiga, pois temos duas cenas adicionais. Uma durante os créditos e uma pós.

Fabio Martins

Santista de nascimento, flamenguista de coração e paulistano por opção. Fã de cinema, música, HQ, games e cultura pop.

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