Em Busca da Cidade Perdida é O Fantasma em sua melhor forma

Em Busca da Cidade Perdida traz O Fantasma original no seu auge, caçando os piratas da Irmandade Singh em uma aventura frenética e divertida no mehor estilo Indiana Jones, que tem tudo para atrair novos leitores. Venha conferir!

Há algum tempo, falamos aqui na DG sobre O Último Fantasma, uma nova abordagem feita sobre um dos heróis mascarados mais antigos do mundo, que poderia ser a porta de entrada para novos leitores de HQ. Agora, Em Busca da Cidade Perdida é a oportunidade perfeita para que os mesmos iniciantes na nona arte possam conhecer O Fantasma no melhor de sua forma original.

Na história, desenhada por Sal Velluto e escrita por Peter David, temos o herói de roxo mais uma vez no encalço da Irmandade Singh, os piratas aos quais seus antepassados juraram vingança. Desta vez, eles estão determinados a encontrar Ophir, uma cidade escondida em algum lugar do mundo que guarda incontáveis segredos e riquezas.

Ao seu lado, O Fantasma tem sua esposa Diana Palmer, companhia constante em suas aventuras, o lobo Capeto, claro, e outro casal de conhecidos: Jimmy Wells e a Baronesa, que é casada com ele e ex-líder de uma gangue de piratas do ar, que roubava aviões comerciais em pleno voo. E que foi desmantelada pelo Fantasma, claro.

Jimmy e a esposa estão em uma cruzada pessoal para encontrar a filha e a neta do curandeiro da tribo Pogali, levadas pelos Singh como reféns. Com muitas reviravoltas, o quarteto vive uma aventura digna dos filmes de Indiana Jones, ambientada entre os anos de 1940 e 1950, inclusive, com perigos espreitando em cada uma das escuras esquinas de Ophir.

A essência do Fantasma

O melhor de Em Busca da Cidade Perdida é que ela realmente capta a essência do Fantasma. Principalmente no roteiro, no qual Peter David insere as piadas rápidas e o sarcasmo que sempre acompanharam o alter-ego de Kit Walker. Referências, como à gangue de mulheres de Piratas do Ar, uma das histórias mais conhecidas do personagem (e publicada no Brasil pela Pixel recentemente) também são ponto positivo. Bem como o feminismo de Diana e da Baronesa, que as deixa cada página mais longe do estereótipo da donzela em perigo.

Na arte detalhada de Sal Velluto, Ophir é representada suntuosa como deveria ser. Sombras também estão bem colocadas para reforçar a surpresa e as reviravoltas, que acontecem com frequência. Além de servir como recurso narrativo para mostrar os personagens em momentos furtivos, enquanto procuram pelos vilões nos corredores da exótica metrópole.

A leitura rápida, não pela quantidade de páginas mas pela agilidade do roteiro e o interesse despertado pela história, agrada leitores de diversas gerações, sejam eles novos ou antigos. Afinal, as primeiras páginas do gibi resumem a origem do mito que se criou a 400 anos nas selvas de Bangalla.

Com uma aventura divertida, ágil e empolgante, Em Busca da Cidade Perdida nos faz pensar o motivo de um personagem tão rico e com tanta história para contar ainda não ser estrela de sua própria série. Principalmente hoje, com tantas plataformas de streaming e conteúdos diversos.

Ficha Técnica:
Título: O Fantasma – Em Busca da Cidade Perdida
Editora: Mythos
Autores: Peter David (roteiro) e Sal Velluto (desenhos)
Lombada: quadrada
Páginas: 148
Formato: 26,8 X 17,2 cm
Lançamento: outubro/2019

Carlos Bazela

Jornalista e leitor compulsivo, gosta de cerveja, café e chá preto não necessariamente nessa ordem. Fã de boas histórias, principalmente daquelas contadas por meio de desenhos e balões.

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