All You Need is Kill: o mangá que já virou filme com Tom Cruise

Em “No Limite do Amanhã”, filme de 2014, Tom Cruise, é um soldado vestindo o traje de batalha mais sofisticado de sua época e precisa derrotar uma estranha raça de alienígenas invasores. Só que nesse caso, falhar é uma opção. Afinal, a cada vez que é morto, ele volta no tempo para o início do dia e tem a chance de mudar sua sorte, uma vez que tem as memórias de tudo que aconteceu. Mas, para sair do loop, ele só vai precisar do apoio da guerreira mais feroz da infantaria, interpretada por Emily Blunt.

O plot, que traz uma nova ótica aos filmes de viagem no tempo, foi adaptado do mangá All You Need is Kill, de Hiroshi Sakurazaka e Takeshi Obata, que foi publicado no Brasil pela JBC um ano depois do lançamento do filme, em dezembro de 2015. E, talvez pelo fato de ter chegado depois do longa, esse ótimo mangá passou quase despercebido por aqui.

Na história, acompanhamos Keiji Kiriya, soldado da divisão de armaduras mecanizadas que vai participar de sua primeira investida contra os mimetizadores. Seres desconhecidos e de forma redonda, que estão tentando destruir a humanidade há décadas. E as coisas não poderiam dar mais errado pra ele. Durante uma confusão no campo de batalha, Kiriya é morto. É aí que o loop começa.

A “Cadela do Campo de Batalha”

Após mais de uma tentativa frustrada de sair vivo do combate, Keiji toma o hábito de anotar na mão o número da “vida” na qual está, como se fosse um vídeo-game. Logo, ele percebe dois pontos importantes: o primeiro é que cada detalhe insignificante influi nos acontecimentos e que suas chances de sobrevivência dependem da ajuda de Rita Vrataski, aquela que todos chamam de “Cadela do Campo de Batalha”, capaz de destruir diversos mimetizadores com seu gigantesco machado.

E assim Keiji e Rita vão se aproximando até se tornar uma dupla inseparável fora do campo de batalha e mortal dentro dele. Até que o segredo da moça e de sua habilidade é revelado. Daí por diante, o mangá segue um caminho próprio até o final, bem diferente do filme, mas não menos surpreendente.

Depois de terminar, All You Need is Kill se revela, sobretudo, uma história de guerra. Ainda que haja ótimos pontos de humor com a condição de Keiji e uma ou outra cena mais descontraída, o mangá fala sobre perda, sacrifício e termina como começa: uma história focada em pessoas e sua capacidade de evoluir.

Ficha Técnica:
Título: All You Need is Kill
Editora: JBC
Autores: Hiroshi Sakurazaka (roteiro), Takeshi Obata (arte)
Lombada: quadrada
Capa: cartonada
Páginas: 432
Formato: 20 x 13 cm
Lançamento: dezembro /2015

Carlos Bazela

Jornalista e leitor compulsivo, gosta de cerveja, café e chá preto não necessariamente nessa ordem. Fã de boas histórias, principalmente daquelas contadas por meio de desenhos e balões.

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